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sexta-feira, janeiro 21, 2011


O sono dos adolecentes

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Adolescentes precisam dormir mais e acordar mais tarde

IARA BIDERMAN
free-lance para a Folha
A maioria dos adolescentes é vítima hoje da chamada privação crônica do sono, relacionada a comportamentos que vão de irritação e baixo rendimento escolar a busca, durante o dia, por estimulantes, como nicotina, ou, durante a noite, por relaxantes, como álcool. A maior e mais completa pesquisa sobre o padrão de sono na adolescência, feita pela Fundação Nacional do Sono dos EUA, constatou que apenas 15% dos jovens de 13 a 18 anos dormem o número mínimo de horas necessárias: oito horas e meia nos dias letivos.
No Brasil, dizem os especialistas, a situação é semelhante. E mais: a privação crônica de sono dos adolescentes está se tornando um problema de saúde pública por causa dos efeitos fisiológicos, psicossociais e psiquiátricos, diz Geraldo Rizzo, presidente da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.
O problema também afeta as crianças, mas o quadro se agrava na puberdade, com a entrada da chamada pressão social: computador, baladas, telefone e os novos relacionamentos afetivos, entre outros.
O ritmo biológico de dormir e acordar é uma adaptação do organismo ao fenômeno físico mais previsível que existe, o ciclo dia-noite. Esse ritmo é acompanhado por alterações fisiológicas, entre as quais os picos hormonais e a variação da temperatura interna do corpo. Antes do amanhecer, por exemplo, há um aumento da secreção do hormônio cortisol, que prepara o organismo para a atividade. Ao escurecer, aumenta a secreção de melatonina, que prepara para o sono. Quando a pessoa acorda, a temperatura interna do corpo começa a subir e atinge o valor máximo no final da tarde. Depois, começa a cair e chega ao valor mínimo no meio da noite.
Na puberdade, esse mecanismo sofre um atraso, o que faz do adolescente um ser biologicamente programado para dormir e acordar mais tarde. Na maior parte da manhã, seu cérebro não está em estado de vigília. Mesmo os jovens que dormem o suficiente (em média, nove horas por noite) tendem a ficar sonolentos até o meio da manhã e absolutamente alertas a partir do meio da tarde.
O estudante André Funaro Mortara, 16, por exemplo, apesar de dormir de sete e meia a oito horas, o que não é uma média ideal, mas superior a da maioria dos seus colegas, passa a primeira aula meio "sonado". Se vai dormir mais tarde, sente o baque: dores no corpo, incapacidade de se concentrar e falta de vontade de conversar com qualquer um. "Até para falar do jogo do Palmeiras." Mortara, que dorme às 23h e acorda às 6h30, pode estar perdendo cerca de uma hora e meia de sono por dia, o que, de segunda a sexta, dá quase uma noite inteira a menos de sono. "Eu nunca tinha me dado conta disso, de que sabemos tão pouco sobre as necessidades de sono", diz sua mãe, Mônica Funaro Mortara, 43.
Desconhecimento é geral







bom agora,ja terminei a postagem vou DORMIR.

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